Ministro Ronaldo Nogueira anuncia crédito para o trabalhador dentro do Fies
O
ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, anunciou a abertura de crédito especial
na ordem de R$ 250 milhões para financiamento do ensino superior do trabalhador
e dependentes. Serão abertas 20 mil vagas no Financiamento Estudantil (Fies)
para atender esse público. “É uma política de valorização do trabalhador
brasileiro e sua família. Basta ter carteira assinada e cadastro de
beneficiário do abono salarial para ter acesso facilitado ao financiamento a
partir de 2018”, informa Nogueira.
Ronaldo Nogueira participou, nesta quarta-feira (6/7), do lançamento o novo
Financiamento Estudantil (Fies). No evento, o ministro da Educação, José
Mendonça Bezerra Filho, anunciou ainda a abertura de 75 mil novas vagas no
sistema de educação superior privada para o segundo semestre deste ano. O
evento foi prestigiado pelo presidente da República Michel Temer, deputados,
senadores e outras autoridades.
Para
a modalidade do trabalhador, a fonte de financiamento será o Fundo de Amparo ao
Trabalhador (FAT). O presidente do Conselho Deliberativo do FAT (Codefat),
Virgílio Nelson da Silva Carvalho, afirma que a medida surgiu da preocupação
permanente do FAT e das orientações do Ministério do Trabalho em facilitar a
vida universitária do trabalhador e seus familiares. “Buscamos, cada vez mais,
fazer do FAT um fundo indutor de oportunidades ao trabalhador e não apenas o
provedor. As regras serão divulgadas oportunamente”, enfatiza o presidente do
Codefat.
No novo Fies, serão 300 mil vagas a serem disponibilizadas em 2018. Nas
alterações previstas, as vagas foram divididas em três modalidades. A primeira
prevê 100 mil contratos para pessoa com renda familiar de até três salários
mínimos a juros zero. Pelas novas regras, o aluno vai começar a pagar
prestações de no máximo 10% da renda mensais.
A
segunda opção é voltada para as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.
Atenderá grupo de estudante cuja renda familiar é de até cinco salários mínimos
por pessoa. Serão 150 mil vagas a custo de 3% de juros mais correção monetária.
E será utilizado para financiar a linha os fundos de desenvolvimento.
Já
a terceira modalidade, também para famílias com renda de até cinco salários
mínimos, ainda sem taxas de juros definidas, usará como fonte de financiamento
o BNDES e fundos regionais. E o risco crédito será compartilhado com os bancos.
A previsão é de 60 mil vagas.
Outra novidade é que as taxas bancárias serão de responsabilidade das
instituições de ensino contratantes. Com essa mudança, o governo calcula
economizar aproximadamente R$ 300 mil por ano.