Ministério do Trabalho lança política para formação de jovens em TI
O ministro do Trabalho, Ronaldo
Nogueira, participou neste sábado (16) da abertura do painel de debates “A
inserção profissional de jovens aprendizes via tecnologia”, promovido pelo
Ministério do Trabalho durante a 17ª edição do Fórum Internacional Software
Livre (FISL17), realizada em Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul.
No evento, o ministro destacou o
lançamento de uma política de formação de jovens aprendizes voltada para a
tecnologia da informação. “O Ministério do Trabalho pretende desenvolver uma
ação no sentido de oferecer aos jovens a oportunidade de qualificação profissional,
para que tenham o conhecimento e domínio da tecnologia, em especial nesse mundo
digital”, disse Ronaldo, destacando que o programa, chamado Hacker Aprendiz,
deve ser iniciado no primeiro semestre de 2017.
O objetivo, segundo o ministro, é
“buscar os jovens que não têm oportunidades de acesso ou de adquirir os
programas privados disponíveis no mercado, mas precisam conhecer os programas
que são livres, para formação nesse universo da tecnologia”. Ronaldo Nogueira
ressaltou que há atualmente oportunidade de mais de 100 mil empregos na área de
Tecnologia da Informação (TI) no país.
O projeto de aprendizagem Hacker
Aprendiz será elaborado com base nas propostas apresentadas pelos participantes
do painel “A inserção profissional de jovens aprendizes via tecnologia” e no
que diz a lei sobre contratação de jovens.
Participaram do debate o
diretor de Políticas de Trabalho e Emprego para a Juventude do Ministério do
Trabalho, Higino Brito Vieira; o coordenador da Associação Brasileira de
Software Livre, Sady Jacques; o coordenador de TI do Programa Interlegis do
Senado Federal, Sesostris Vieira; o coordenador do LabHacker da Câmara dos
Deputados, Daniel Shin; a auditora da Superintendência Regional do Trabalho do
Rio Grande do Sul, Denise Bambrila; o representante da UnB, Paulo Meirelles; e
o diretor da Faculdade de Informática da PUC-RS, Fernando Luis Dotti.
A legislação brasileira permite a
contratação de jovens na condição de aprendizes entre 14 e 24 anos (exceto para
aprendizes com deficiência, que não há limite de idade), desde que permaneçam
na escola e façam o curso técnico-profissionalizante. No período da
aprendizagem, os jovens trabalham com a carteira assinada e recebem remuneração
com base no salário mínimo.
O FISL
É um dos maiores encontros de
comunidades relacionadas ao software livre da América Latina e um dos maiores
do mundo. A 17ª edição do Fórum ocorre até sábado (16)), no Centro de Eventos
da PUCRS, em Porto Alegre (RS). A programação completa e todas as informações
estão no site do evento: softwarelivre.org/fisl17.