MERCADO DE TRABALHO: Quanto maior a escolaridade, menor o desemprego, aponta Caged
Os
dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) confirmam: quem tem
mais escolaridade sofre menos com o desemprego. De janeiro a maio deste ano,
quando o emprego formal começou a apresentar saldos positivos, apenas os
trabalhadores que tinham até o ensino fundamental (completo ou incompleto) não
acompanharam esse crescimento. Entre as pessoas com ensino médio e ensino
superior, mesmo incompleto, o saldo de vagas foi positivo.
O
melhor desempenho foi entre trabalhadores com ensino superior. Nos primeiros
cinco meses de 2017, eles acumularam 84,65 mil novos postos. Aqueles com ensino
médio fecharam o período com um saldo positivo de 43,1 mil vagas. E os
trabalhadores que tinham até o ensino fundamental registraram um resultado
negativo de 102,5 mil colocações formais.
O
ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, diz que os números confirmam o que o
governo já vem trabalhando para resolver. “Por isso que o Ministério do
Trabalho investe cada vez mais na qualificação dos trabalhadores. Nós sabemos
que essa é uma das dificuldades e estamos trabalhando para levar esse
equilíbrio ao mercado de trabalho”, afirma o ministro.
Se
for considerado apenas o mês de maio, quando trabalhadores de todas as faixas
etárias tiveram desempenho positivo, os trabalhadores com escolaridade superior
apresentaram melhor desempenho. O saldo de empregos dos trabalhadores com
ensino superior (completo ou incompleto) correspondeu a 4,5% das admissões,
enquanto que para os empregados com até o ensino fundamental completo foi
equivalente a 3,7% das contratações e para os empregados com ensino médio
(completo ou incompleto), 2,0% das admissões.
No
acumulado dos últimos 12 meses, quando todos os trabalhadores sofreram com os
saldos negativos de emprego formal, os que tinham escolaridade maior, foram os
menos prejudicados, com o encerramento de 54,36 mil postos. Entre os
trabalhadores com ensino médio o saldo ficou negativo em 249,97 mil, e os que
tinham ensino fundamental sofreram com o fechamento de 583,28 mil vagas, o
maior número entre as três classificações.
SETORES
Se observados os resultados dos setores de atividade econômica também há
diferença entre os graus de escolaridade. Em maio, trabalhadores com ensino
superior tiveram um resultado melhor na área de Serviços, onde foram criados
6,4 mil empregos formais para esses trabalhadores. No Comércio, foram abertas
1,4 mil vagas e na Administração Pública, 954.
Para
os trabalhadores com ensino médio, os saldos mais positivos foram registrados
na Agropecuária (9,9 mil), nos Serviços (5,7 mil), na Indústria da
Transformação (3,1 mil postos) e Construção Civil (1,4 mil postos). E as
pessoas sem escolaridade ou com ensino fundamental apresentaram desempenho
positivo apenas na Agropecuária, que abriu 36 mil postos para esses
trabalhadores, e nos Serviços Industriais de Utilidade Pública (apenas 141
postos).
RECORTE REGIONAL
Os
estados que abriram o maior número de vagas para trabalhadores que estudaram
até o ensino fundamental, em maio, foram Minas Gerais (13,21 mil), São Paulo
(7,46 mil), Espírito Santo (3,26 mil) e Bahia (2,66 mil). Esse resultado pode
ser em função das contratações do setor Agropecuário, que atingem especialmente
essa faixa de trabalhadores e teve desempenho positivo no último mês devido às
culturas do café, laranja e cana-de-açúcar, que são fortes nesses estados.
Os
estados com maior saldo de vagas para trabalhadores com ensino médio foram
Minas Gerais (8,52 mil), São Paulo (7,10 mil), Goiás (4,42 mil), Mato Grosso
(1,88 mil), Paraná (1,87 mil) e Santa Catarina (869). Os melhores saldos de
trabalhadores com ensino superior foram registrados em São Paulo (2,70 mil),
Paraná (1,28 mil), Minas Gerais (1,20 mil), Santa Catarina (1,12 mil), Goiás
(595) e Rio Grande do Sul (363).
FONTE: Ministério do Trabalho