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SINTRACOOP-PR: Assembleia em Goioerê evita que trabalhadores trabalhem aos domingos sem renumeração

SINTRACOOP-PR: Assembleia em Goioerê evita que trabalhadores trabalhem aos domingos sem renumeração Presidente da Fenatracoop e do Sintracoop Mauri Viana esteve no último sábado e domingo em reunião com os trabalhadores e direção da cooperativa Copacol em Goioerê

O Sintracoop – PR, juntamente com a tropa de choque da Fenatracoop evitaram um abuso contra os trabalhadores em cooperativas em Goioerê, município do noroeste do Paraná, na cooperativa Copacol. Por força de uma clausula acrescentada no contrato de trabalho, autorizaria o funcionário a trabalhar aos domingos, sem a participação do sindicato na negociação, uma imprudência da cooperativa, tentando se valer de um dos pontos da reforma trabalhista. O presidente do Sintracoop – PR e da Fenatracoop, Mauri Viana Pereira, ao saber de tal ação da cooperativa, já preparou a equipe para evitar que isso acontecesse. “Sem nenhuma consulta ao representante legal dos trabalhadores, a cooperativa já sai aplicando uma lei que sindicato nenhum que tem sangue nas veias iria permitir. Forçar os trabalhadores a assinar um termo no contrato de trabalho que permita trabalhar no domingo, no sábado e no feriado por uma jornada exaustiva de 80 horas. Claro, se o trabalhador abdica do seu direito, ele está topando isso. O sindicato tomou conhecimento e já estávamos a postos no sindicato e nas delegacias desde quarta-feira (29/11) e viemos com uma mensagem muito simples para o trabalhador: não assine nada”. Mas, de acordo com o presidente, a cooperativa peitou o sindicato e contra-atacou. “A cooperativa firmou uma verdadeira queda de braço com o sindicato, afirmando que quem não assinasse seria demitido. Por isso trouxemos todo nosso aparato da tropa de choque para Goioerê e mostramos ao patrão que não iriamos permitir que o trabalhador fosse forçado a assinar um absurdo desses. Até que eles resolveram sentar para negociar. Terminamos a reunião era por volta de meia noite de sábado, quando eles perceberam que não iriam conseguir abrir o mercado no domingo”, explicou.
Após a atuação do Sintracoop e da Fenatracoop, sindicato e cooperativa entraram em um acordo, onde seria permitido a abertura do supermercado, mas com pagamento devido dessas horas. “Então, após conversar com trabalhadores e com o patronal, definimos que hoje, tão somente hoje (domingo), os funcionários iriam trabalhar, porém recebendo 100% de hora extra, entendemos que os outros supermercados que tem um sindicato mais fraco, firmam concorrência, por isso vamos sim negociar para que o estabelecimento abra aos domingos. Não somos contra trabalhar no domingo, mas tem que pagar por isso. E o trabalhador tem que ter uma folga por semana”, afirmou Mauri.
Durante esta semana, Mauri explicou que será negociado com o patronal um acordo para a abertura do supermercado no sábado, domingo e feriado, mas tudo respeitando o trabalhador que não pode ser escravizado e muito menos coagido com ameaças. “Até quinta-feira já teremos um retorno da negociação para apresentar aos trabalhadores, negociaremos um acordo com uma jornada plausível e receba o excedente para sua jornada de trabalho. Levaremos para o trabalhador votar se aceita ou não o que o sindicato negociou e em assembleia decidirão o que é melhor para eles. Tudo isso antes de domingo, para que esteja registrado o acordado e o trabalhador e cooperativa trabalhem na normalidade, pois estão respaldados pelo seu sindicato”.
Para evitar que este tipo de atitude seja tomada contra os trabalhadores, a Fenatracoop e os sindicatos filiados já estão em diálogo com o patronal. De acordo com Mauri Viana, já foi iniciado uma conversa com as cooperativas para um balizamento, os pontos mais importantes da reforma e será negociado algo dentro da normalidade para o trabalhador. Implementar e melhorar o que está na lei. “Veja, se hoje deixamos passar esse absurdo, a pessoa ia trabalhar de segunda a segunda. E se passar isso, daqui a pouco partimos para redução de salário. Será que trabalhador sozinho tem força para negociar com o patrão? De forma alguma, é ai que o sindicato forte e atuante precisa se firmar perante o patrão”, finalizou Mauri.

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